As perguntas mais frequentes em alergia
O que é a alergia?
A alergia é uma reacção anormal do organismo que responde de forma exagerada ao entrar em contacto com substâncias provenientes do exterior a que normalmente a maioria das pessoas não reagem. Estas substâncias chamam-se alergénios.
O que é um alergénio?
Os alergénios são substâncias comuns, habitualmente inócuas para a maioria das pessoas, que no entanto são reconhecidas como “estranhas” pelo sistema imunitário das pessoas alérgicas. Os alergénios mais comuns são o pólen, os ácaros do pó doméstico, epitélios de animais, alimentos, medicamentos, fungos e veneno de abelhas e vespas.
Os alergénios provocam espirros, tosse, lacrimejar e outros sintomas segundo a porta de entrada e o tipo de alergénio nas pessoas que têm alergias.
O que causa a alergia?
As pessoas com alergia são alérgicas desde o dia em que nasceram, tal como as pessoas que têm o cabelo castanho ou os olhos verdes. No entanto, cada pessoa tem uma forma diferente de reagir perante os mesmos alergénios. O pólen, o pó ou outros alergénios podem provocar congestão e obstrução nasal, tosse, espirros ou até sufoco ou dificuldade em respirar.
As substâncias responsáveis pelas reacções alérgicas denominam-se alergénios.
Trata-se de substâncias reconhecidas como “estranhas” pelo sistema imunitário das pessoas alérgicas e que, pelo contrário, não causam problemas às pessoas não alérgicas.
São frequentes as alergias?
Mais de 25% da população nos países industrializados sofrem algum tipo de alergia mediada por Ig E.
Por razões ainda não esclarecidas, a alergia é extremamente comum, e a previsão é que as alergias irão duplicar em dez anos. Os últimos estudos indicam a contaminação atmosférica como uma das principias causas do aumento do número de alérgicos aos pólenes, especialmente nas grandes cidades. Os especialistas indicam também outros factores, como o aumento do consumo de tabaco ou a falta de exposição aos germes durante a infância (teoria higienista pela vacinação), que são também decisivos no aumento dos pacientes alérgicos.
Além disso, os estudos apontam que os factores causadores estão associados ao estilo de vida ocidental, uma vez que passamos a maior parte do tempo em lugares fechados, a humidade do ar condicionado que fomenta o crescimento de mofos e ácaros e existe um aumento de animais de companhia.
O que acontece quando um alergénio penetra no organismo de uma pessoa alérgica?
O sistema imunitário dessa pessoa responde produzindo uma grande quantidade de anticorpos chamados IgE. A exposição ao mesmo alergénio produz a libertação de mediadores químicos (histamina) que provocam os sintomas típicos da reacção alérgica, como olhos lacrimejantes, ardor ocular, vermelhidão ocular (conjuntivite), espirros, congestão nasal, ardor nasal, destilação nasal (rinite), tosse, sufoco, silvos no peito (asma).
A que se pode ser alérgico?
Pode ser-se alérgico a muitas coisas, mas as causas mais habituais podem ser os pólenes, os ácaros do pó doméstico, os fungos, os epitélios dos animais domésticos, os medicamentos, alguns alimentos e alguns produtos de utilização profissional como o látex.
Como posso controlar a minha alergia?
Para controlar a alergia é necessário:
- Saber a que se é alérgico. O seu especialista em alergia ajudá-lo-á a fazer o diagnóstico.
- Limitar a quantidade de alergénios do seu ambiente com medidas simples e algumas recomendações de prevenção.
- Fazer o tratamento recomendado pelo seu médico especialista. Cumprir as indicações de medicação, se for necessária. O seu médico irá trabalhar em conjunto consigo para decidir qual é a medicação mais adequada e em que situações é necessária.
Em que consistem os testes para saber se se tem alergia?
Os dois métodos principais utilizados no diagnóstico da doença alérgica são os testes “in vivo” e “in vitro”.
O teste “in vitro” é uma análise de sangue e o princípio do teste é a detecção de imunoglobulinas E específicas (anticorpos que intervêm na reacção alérgica) do alergénio ou dos alergénios suspeitos de causar os sintomas.
Os testes “in vivo” realizam-se depositando uma gota do alergénio suspeito sobre a pele do paciente e sobre cada gota pressiona-se com uma lanceta. Se no local em que se depositou o alergénio surgir uma reacção cutânea em forma de pápula, significa que o paciente tem uma reacção ao alergénio e que este pode ser o responsável por determinados sintomas. A intensidade da reacção é avaliada comparando o tamanho da pápula produzida pelo alergénio com a pápula produzida pela histamina, uma substância de ‘controlo’ que provoca reacção em todos os indivíduos sem excepção.
Às vezes podem confundir-se as alergias com uma constipação?
Os sintomas mais comuns de uma pessoa alérgica são: Ardor nasal e mucosidade aquosa, espirros e ardor nos olhos.
Ao constipar-se, sofre geralmente de ardores e espirros e os olhoss começam a lacrimejar. A mucosidade é aquosa e transparente. Além disso, a febre pode acompanhar a constipação.
Para confirmar que se trata de um processo alérgico e determinar o alergénio causador das suas queixas, é necessário consultar um especialista.
É hereditária?
A alergia pode ser hereditária. Existe uma predisposição genética para as doenças alérgicas na infância, pelo que quando os progenitores de um indivíduo são ambos alérgicos, o risco de padecer da dita doença é superior a 70%, comparativamente a 50% quando apenas um deles é alérgico. No entanto, o indivíduo tem de se expor aos factores que originam a alergia para ficar doente. Os sintomas podem aparecer nos primeiros anos de vida, no entanto, isto acontece com mais frequência a partir dos 5 anos, sendo excepcional o aparecimento após os sessenta anos.
Pode curar-se a alergia?
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a imunoterapia ou vacinação é o único tratamento que pode alterar o curso natural das doenças alérgicas e também pode impedir o desenvolvimento da asma nos pacientes com rinite alérgica. A maioria das doenças alérgicas, mas não todas, têm um elevado grau de cura, se forem aplicadas medidas que evitem ou reduzam a exposição ao ou aos alergénio/s e se seguir um tratamento específico adequado.
As alergias estão a aumentar?
Sim. A previsão é de que as alergias dupliquem em dez anos. Os últimos estudos indicam a contaminação atmosférica como uma das principias causas do aumento do número de alérgicos aos pólenes, especialmente nas grandes cidades.
Na atmosfera contaminada, entre outras, as partículas de diesel mostram uma clara relação com as alergias e o agravamento dos casos de pacientes asmáticos. Os especialistas indicam que outros factores, como o aumento do consumo de tabaco ou a falta de exposição aos germes durante a infância, são também decisivos para o aumento dos pacientes alérgicos.
Além disso, os estudos apontam que os factores causadores estão associados ao estilo de vida ocidental, uma vez que passamos a maior parte do tempo em lugares fechados, a humidade do ar condicionado fomenta o crescimento de mofos e ácaros e existe um aumento de animais de companhia.
Estão a aparecer novas alergias?
Sim. Estão a ser detectadas reacções alérgicas que antes eram pouco comuns. Isto deve-se à introdução na vida quotidiana de novos materiais que não eram utilizados até agora, como o níquel ou o látex.
Podem surgir em qualquer idade?
Sim, embora seja mais habitual aparecerem na infância ou por volta dos 20 anos quando a doença apresenta maior virulência. Também depende do tipo de alergia, uma vez que as alimentares afectam mais as crianças e as ocupacionais surgem principalmente em adultos.
Como posso combater as alergias?
Consulte o seu alergologista para realizar um diagnóstico preciso da sua alergia, tomar medidas de prevenção ambientais e realizar um tratamento adequado ao tipo de alergia de que padece.
Uma vez conhecida a causa da alergia de que padece, existem numerosas medidas para melhorar, aliviar e/ou prevenir a doença segundo o alergénio que a originou.
Por onde devo começar?
Se tem alguma alergia, e todos os anos se manifestam sintomas, por exemplo ao chegar a Primavera, consulte o alergologista antes que apareçam os primeiros sintomas. Deste modo, o médico poderá iniciar um tratamento de base adequado, que o vai ajudar a prevenir possíveis episódios agudos ou que a sua alergia se converta em crónica.
O que posso mudar em minha casa?
Ver medidas de Prevenção e recomendações.